sexta-feira, 27 de março de 2015

Feira de velharias de março em Oeiras em breve visita

Breve visita à última feira de Oeiras, o dia apresentou-se solarengo, pelas 10 H  a envolvente da marginal, do jardim e até das urbanizações se mostrava inundada de carros, sem lugar para estacionamento...
Ao alto sobranceiro ao Tejo ainda umas vivendas de luxo, sem jamais terem sido finalizadas pela crise que estoirou em alguns construtores há mais de 10 anos...Quando aqui passo sempre me lembro do cliente que um dia me chega ao Banco, só queria ser atendido por mim, demorei um pouco noutro atendimento personalizado, ao chegar a sua vez de o atender, ao puxar a cadeira para se sentar, desequilibrou-se com a bengala, pois estaria nervoso, haveria de o perceber  depois, entretanto tive de o levantar pois ficou estatelado no chão... 
As primeiras palavras que me dirigiu "jogo há mais de 20 anos no totoloto sempre com a mesma chave, nunca deixei de jogar nenhuma semana, nesta idade tão doente é que me sai a sorte grande, tenho aqui o cheque é do Banco ali da frente, até tenho lá conta, mas tenho confiança é na senhora, sempre me acolheu bem, explica  as minhas dúvidas, ainda me lembro quando me abriu a conta para receber a reforma, o seu cuidado, depois faz-me sentir bem, mal entro à porta o trato pessoal pelo meu nome  no cumprimento e nunca se esquece de perguntar como estou ".
Bom, era muito dinheiro.Homem com idade, doente, quase cego ,com problemas de próstata, vivia com um irmão. Fora casado e tinha uma filha, que amava. Naturalmente lhe perguntou o que ela queria como prenda, a mim confidenciou-me que ela lhe pediu uma casa de luxo na marginal sobranceira ao Tejo... O cheque foi preenchido pelo valor superior a 250.000€. Havia de preencher outros. Também marquei consulta para um bom oftalmologista em Lisboa e também para urologia. Um dia chega ao Banco muito abatido, disse-me que o exame tinha sido muito dolorido, fiquei triste, porque a minha pretensão foi aconselhar, um hábito intrínseco em mim, para  maior qualidade de vida, já que desabafava sobre o sofrimento do seu dia a dia e, as vezes de noite que se levantava para ir à casa de banho, a pensar na sorte de ter sido premiado também deveria usufruir alguma coisa para se sentir melhor, mais feliz.Uma bondade de homem  fosse pela educação e humildade, que a mim só me granjeou  no tempo que o conheci com palavras elogiosas,  não sei se ainda estará no reino dos vivos...
 A caminho da feira apreciei a  arquitetura do casario.
Villa de S. José em requalificação, o azulejo alusivo ao nome encontra-se na parede a norte, pensei fotografar na volta da feira, debalde não voltei a passar por aqui...

As placas identificativas dos nomes das Ruas, apresentam-se em painéis de azulejo da Fábrica de Santanna datados de 1993, alguns apenas dizem Lisboa, e outros nada.
 
Casa em abandono com belos vitrais no último andar
 O recinto da feira com gentes em vaivém a olhar estaminés de chão
A Isabel Rute com a sua banca onde comprei um cabide antigo para pendurar uma peça de roupa branca

Noutra banca comprei este prato Sacavém. Ainda comprei outras peças.
Aqui já fiz compras que adoro. 
Mostro uma mala minúscula igual a outra em tamanho maior que a minha avó materna mal nasci me ofereceu para o meu enxoval. Ainda existe sendo as latas decorativas todas verdes , seja por isso a primeira cor que distingui ao nascer-, forte  amásia de paisagens verdes e do meu Sporting. 
Um par de pratos com decoração ligada aos afetos.

quarta-feira, 25 de março de 2015

Perguntar a Ansião o dia da Lagarteira se mostrar Grande!



A caminho da Lagarteira, no seu encalço nomes de lugares sonantes; Porto Largo, Constantina, Ribeira do Açor, Fonte Carvalho, Loureiros, Curcialinho.
Nomes de lugares que encontrei em pedidos de passaportes no início do século XX: Torre de Vale Todos, Casal de João Bom; Lindos; Loridos; Rua d'Além na Torre; Estrada da Pragosa; Portela; Barreira; Casalinho; Barrosas; Vale da Figueira; Outeiro; Casais; Vale da Sancada; Vale de Pião; Casais da Póvoa, Castelo de S. Jorge, Paço,  Luta e,... Desconheço se no que foi o Couto da Torre de Vale de Todos,  se ainda existe a toponímia Paço e Luta - perguntei na festa da Torre, disseram-me que nunca ouviram falar...
 

Citar o livro Vila de Ansião do Padre José Eduardo Reis Coutinho de 1986
"O topónimo Lagarteira, na sua etimologia afigura-se ambivalente, pois, tanto pode significar a sinuosidade dos caminhos, parecida ao movimento dos lagartos, como a sua total exposição ao sol, igualmente deles colhida". 
Desencadeou em mim outro pensar...
Pode derivar da existência de lagares. Na verdade a região teve forte atividade de lagares de vinho e de azeite, a determinar a raiz do topónimo.A caminho da Lagarteira na beira da estrada existe pelo menos ainda um lagar e outro transformado em restaurante junto da Lagoa da Cabeça Redonda, que lhe banha os pés e mais à frente a da Lagoa do Pito. A sugerir que  o nome Lagarteira deriva de Lagar e da regateira do azeite de bica aberta.Na região o termo regateira foi no tempo muito usado nas serras de Alqueidão  e circundantes, quando se formavam na força do inverno deixando um rasto nas margens dos costados  muitos fósseis.Em tempos de antanho as mulheres nelas lavavam a roupa.Contos da Ti Júlia nascida no Alqueidão e se casou com o Chico Serra do Escampado Belchior. Supostamente o povo amenizou as palavras; Lagar e regateira no termo que hoje existe - Lagarteira.

A ribeira do Nabão velho
Dos lados de Aljazede, forma-se uma ribeira com as chuvas passa pela lagoa do Pito, poço Minchinho, a metros da Fonte Carvalho, desliza em  leito de ziguezague  na direção da Ribeira do Açor, banha os pés ao Serrabino e Constantina , em ardente adeus a graça no açude em queda d' agua, a lembrar véu de noiva!
Teimosia subir ao burgo onde se insere a Igreja da Lagarteira  
Na Lagarteira, junto do cemitério velho em local altaneiro vestido de casario disperso onde se enxergam  soberbas vistas dos outeiros circundantes, brutal miragem bordada pela abundante pedra calcária. 
Vinda da estrada principal de Chã de Ourique, na Mouta do Açor , hoje apenas Mouta atestada numa rua na subida para a Lagarteira - onde foi um antigo Marco da herdade de Ansião, virei nessa curva escondida à esquerda para subir à igreja da Lagarteira. 
Mais que evidente que o entroncamento na rua principal deveria merecer melhor alternativa de grandeza, se para tal houver brio em derrubar casa ou palheiro e alargar o local que merecia melhor desafogo!
A igreja estava fechada. Sei que as colunas do altar em verde são de mármore descoberto pelo químico italiano que fundou a cadeira de Minas,  Domingos Vandelli na sua pesquisa  na centúria de 700.
A igreja embora pequena ao olhar, a mim por não a conhecer a senti bela, sobretudo pelo alpendre com três arcos de cantaria, na ombreira da porta a data de 1703 com restauro em 1975.
 
"segundo historiadores, teve ao culto uma Trindade do século XVI, e uma imagem de S. Sebastião, espólio da igreja, guardadas."

Perspetivas da Igreja da Lagarteira
 
Gostei da torre do campanário
Frondoso freixo no adro
Bem conservado, falta certificação e saber a idade.
Coreto 
Com armação a ferro forjado faz lembrar uma gaiola japonesa...
A calçada  presta homenagem ao conterrâneo imigrado com fortuna no Brasil ,Carlos Dias e família.
 Paisagem no redor do adro 
Vistas do planalto rodeado pelas serranias das Serras de Ansião.
Dei de caras com a placa "Rua da Calçada" 
Logo  julguei ser denominação antiga de calçada romana...Debalde me parece calçada atual com 40 anos...A ser nova supostamente encomendada pela autarquia e Junta de Freguesia num tempo que deram muito trabalho a calceteiro da vila, na verdade a melhor aposta teria sido o alcatrão na sorte de piso direito em prol de altos e baixos e menos barulho...Afinal o que me deixou indignada? Notória falta de imaginação na freguesia para outro nome a merecer menção na  rua, sem saber se chão da antiga calçada romana, e a ser tinha de estar mencionado, quem se lembra como era a estrada antes?' Tinha lajes?!
Não me fui embora sem observar outra homenagem a mais um conterrâneo da terra, Alfredo Marques, infelizmente já falecido e na sua terra sepultado. Foi casado com uma prima do meu pai a Elsa Caseiro, dele recordo ser um homem de excelente silhueta, bonito e muito simpático, quando regressou no inicio da década de 60 da Venezuela  trazia brinquedos de madeira de corda, que nunca tinha visto, com eles brinquei com os filhos-, a Lila hoje professora e o Carlitos médico cirurgião, ainda recordo as malas de cânfora com grandes fechaduras douradas, as vi a serem arrumadas por trás da taberna da tia Carma, também das fotografias que nos tirou.Sempre gentil.
Nesta terra não faltam  belos exemplares de oliveiras centenárias  e milenárias deixadas pelos romanos.Conferem à paisagem  estonteante beleza, se apostassem em maior plantio,  maior seria a riqueza ! Falta contudo certificação e apurar a idade.

Alguns historiadores sobre a Lagarteira falam da sua pobreza de solos.
Apesar dessa aparente pobreza , os solos se fossem bem estruturados no emparcelamento de proprietários, apostando no olival e plantio de vinha, tudo mecanizado.
 
Implementar a pastorícia e suas valências; lã, queijos e carne de cabra para a chanfana. A várzea de Aljazede e  os campos da Ateanha, inseridos na denominação "Queijo Rabaçal". O mote da grande aposta passaria por haver rebanhos comunitários de ovelhas e cabras, com queijaria para feitura do queijo, ao modo das congéneres de sucesso nas imediações dos concelhos de Penela e Soure. Mas queijo genuíno e não adulterado com leite em pó, tão pouco com leite de vaca. Há que diferenciar a qualidade e com ela os preços, mas jamais vender gato por lebre.
 
Lamento constatar ainda há coisa de dois anos distingui o inicio da construção de uma estrutura junto ao morro da Ateanha, para um rebanho, o que me disseram e mais tarde ao voltar por não ver ao questionar ouvi dizer que o negócio " tinha dado em frosques"... 
 
Devia ser resposta a raça de porco preto ibérico neste chão foi rei no passado, aposta na apicultura, ervas para chás e no turismo.  Brutais pilares de sustentabilidade para grande progresso na região.  
 
Fiquei perplexa com uma  plantação de eucaliptos por não fazer parte desta paisagem!
 
Se houver persistência, vontade e força no trabalho, acredito no sucesso, a que devem juntar as belezas naturais, de fortes contrastes, algumas quase desérticas, vestida de tomilhos, arruda, orquídeas e oregãos, a lembrar bulício campestre.
 
O que fala? usadia de um punhado de boa gente para implantar empreendedorismo e teimosia bastante, par avançar. Acredito que da pobreza  se podia tirar brutal rendimento, havia de brotar muita riqueza.Disso não tenho dúvida!
Basta olhar para Trás os Montes, aquilo sim é xisto a perder de vista com giestas, e há riqueza e qualidade nos bons enchidos, no queijo, produção de batata, castanha, amêndoa  e as vinhas do Douro, em terrenos em escarpa de belas uvas.
 
Foto em Trás os Montes onde já estive -  Peredo dos Castelhanos
Acredito por aqui também se daria um bom netar ...Há que apostar na casta certa!

A foto possível registada em julho de 2012 pela mão da minha mãe. 
Quantas vezes a desencaminho nas minhas aventuras, na desfaçatez  de negligenciar outros trajetos possíveis, em prol de revigorar forças apreciando as COISAS QUE GOSTO.
Nesse dia a meta  tinha como destino a Feira Medieval de Santiago da Guarda.
Mas antes deambulámos por Casas Novas, aldeia castiça de pedra, pertença de Soure que dista a dois passos, mas sendo do concelho da outra banda da serra-, divisões administrativas que  jamais compreendo.
Aposta em percursos com trilhos pedestres na ligação às aldeias para apreciar as vistas e as famosas pedras nas Carvalhosas, o trilho dos percursos ao longo do rio velho do Nabão e, da envolvente das Lagoas; Pito, Cabeça Redonda, Aljazede, Ateanha. 
 
Urge saber manter o casario de traça antiga  e os muros de pedra seca com os seus degraus flutuantes, a jus de escada, na Cabeça Redonda, devia a JF deve refazer o muro que se encontra em mau estado, pois trata-se de património ancestral que para o turismo e para a cultura é fulcral manter.
Sem esquecer a sinalética para ninguém se perder. 
 
Cabeça Redonda ex líbris degraus flutuantes
 
 Lagoa da Cabeça Redonda
Ainda persiste casario ancestral de grande envergadura que foi de famílias abastadas na Ribeira do Açor, Loureiros, Lagarteira e Curcialinho.
 
Seria interessante lhe juntar a celebração de eventos vários, com incremento publicitário a chamar o turismo de massas, como o foi no passado de nacionais e estrangeiros. 
 
A Lagarteira, parte só integra o concelho de Ansião, desde os finais do séc. XIX. Gente hospitaleira e benemérita, bem podiam ser mais mecenas, a reivindicar a  terra que os viu nascer no passado foi Grande, o poderá hoje ser hoje ainda maior-, apesar da retirada do estatuto de Freguesia, e jamais devia ter acontecido!

Urge tempo das Gentes da terra mostrar garras e o dinheiro aparecer para encetar empreendedorismo, na deixa acabar o "forrobodó" de fazer coisa pequena!
Orgulho seria?!
Destemido  ensejo e brutal iniciativa de força com honra em pôr em definitivo a Lagarteira no mapa do progresso e do turismo! 
Também no mapa do Mundo!
Seria a homenagem  merecida a todos os que se resignaram em ficar, sem deixar de agraciar a ajuda de todos os outros que daqui saíram para além e aquém mar, de laboro não menos  meritório na mesma luta e na mente o mesmo angariar riqueza para a sua terra!

Grutas nas Taliscas e Chão de Ourique por terras de Penela

Foto panorâmica das aldeias de Galega, Chão de Ourique e Póvoa
Autoria Jorge Nunes retiradas da página do Facebook 
Circulei na estrada que se identifica bem na foto com muita satisfação, mais uma vez , no dia de Ano Novo, na rota de passeio ao Espinhal,  que igualmente também  adorei. Na EN 110 ao entroncamento para as Taliscas, imagine-se que a placa na nacional há muito deixou de mencionar ANSIÃO!  
Na encosta para as Taliscas, as Grutas de Talismã no Algarinho no concelho de Penela , situadas a sul da nascente do Rio Dueça ( um dos poucos rios que corre de sul para norte, desagua no Mondego) a escassos metros da EN 110, são consideradas das maiores no nosso país com 9 km2 de galerias  conhecidas.
“Os processos de carsificação são responsáveis por uma paisagem sui generis, em que a rocha nua  perfurada e lavrada em espetaculares campos de lapiás, as vertentes íngremes e pedregosas (…) são marcas bem características” na região por todo o Maciço de Sicó.
Entrada da gruta 
Cores fantásticas encarnadas em várias tonalidades, tenha haver no resultado de milhões de anos da dissolução da argila de cor intensa em vermelho forte que em pingos tinge as estalactites, estalagmites e colunas, que se vão formando nas galerias, conferindo esta tonalidade forte.
Falta ler as Memórias Paroquiais de Penela para saber oq ue os padres das freguesias perto das grutas e da nascenet do Dueça escreveram- se atender ao que os congéneres de PElmá e Formigais deixaram relatado - um grande barulho no vale do Nabão com fontes que secaram e novas brotaram, as águas ficaram turvas de vermelho- a evidenciar que este algar e lençol freático tem comunica com os Olhos do Nabão, em Ansião.
"Ao percorrer as rochas calcárias do Jurássico na zona do Dueça, perto da Ateanha, as águas infiltradas ao longo das serras e sumidouros rasgam as cavernas de Taliscas.
São cavidades que podem alcançar um desenvolvimento linear de alguns quilómetros e se mostram ricamente ornamentadas com espeleotemas de rara beleza cénica (bolhas e tetraedos de calcite, “vulcões”, etc.) O rio subterrâneo que percorre uma das cavernas, a Gruta Talismã, reaparece a superfície na exsurgencia de Olhos de Água do Dueça."
 “Para além das formas cársicas superficiais, há ainda a considerar as formas de dissolução profunda, as quais originam uma rede mais ou menos complexa de condutas e galerias subterrâneas…”
Imagem espectacular um autentico caos o "Soprador do Carvalho"
"Caos, do grego kháos, descreve um estado confuso de elementos, uma desordem, uma balbúrdia, uma confusão. Teoria do Caos, descreve a complexidade e a dinâmica de sistemas que, embora aparentemente imprevisíveis, são de facto, regidos por leis deterministas. Basta consultar qualquer dicionário e ler estas duas definições, para perceber que o nome dado a esta sala da gruta “Soprador do Carvalho”, se adequa duplamente!" 
Supostamente o  nome dado por quem descobriu esta gruta de apelido Carvalho? Teria sido este descarrilar de blocos calcários motivado com o terramoto de 1755?
Na foto predomina a cor intensa a vermelho do barro entranhado nas fendas e blocos do calcário qual sangue derramado na rocha em fúria se partiu em blocos em autentica derrocada, um marasmo esta galeria! 
Curiosidade: A escassos quilómetros  desta gruta termina estrategicamente o calcário na serra da Ovelha, mais conhecida por Anjo da Guarda,  para irromper em fúria  faixa de barro grosso, no tempo deu origem a Cerâmicas de tijolo e telha, no Avelar, Pontão, Almofala e Maças de D Maria, e noutros sítios aparece no formato de lajeado como na  aldeia de Mouta Redonda no concelho de Ansião, que delas usavam como se fossem adobes na construção das casas e muros.
Ruína de casario na Mouta Redonda feita por lajes e xisto 
Este muro da casa na frente encontra-se requalificado, fica o passado aqui retratado nesta foto
Lajes que se faziam também buracos para o peso das picotas para tirar água dos poços, em baixo uma em laje de barro e outra calcária da serra da Ovelha, na Mouta Redonda.
A  Mouta Redonda dista das grutas coisa de 6 km em linha reta,  situada na falda poente da serra de Nexebra com imensos calhaus  de xisto e de pedras de alguma envergadura em  calcite, desde brancos a rosa e dourados, quartzitos e blocos de mármore que foram cuspidos das entranhas quando a serra se formou as deixando plantadas à toa semeados,  o povo chama ao local Seixal.Algumas destas pedras brilhantes , parecem vidro, eram utilizadas em fornos de cal no Bairro.E também na construção de casario e de muros.
O piso mostra-se plano em Chão de Ourique, ainda pertença a Penela -, o palco provável  neste planalto compreendido entre Aljazede, o morro natural defensivo da Ateanha e o  Camporês ( terras do concelho de Ansião) onde se aventa tenha  travado uma batalha com Afonso Henriques contra os sarracenos-, alguns historiadores reivindicam outros locais prováveis além deste inserido no Maciço de Sicó, em paralelo com Vala de Ourique em Soure, perto de Leiria, Ourique em LisboaChã de Ourique no Cartaxo, para  hoje nos anais da história, estar celebrizada Ourique no Alentejo! 
Não há dúvida que naquelas várzeas planas se travou uma ou mais escaramuças contra os sarracenos, que a  forte rede de torres e castelos desde Soure a Miranda do Corvo intervalada com muitas torres desaparecidas, debalde sem terem sido todas atestadas na toponímia, em aumentar a dificuldade no seu levantamento e  enfoque que esta região tão  importante se mostrou e foi histórica na defesa de Coimbra.
Fotos registadas com o carro em andamento, ainda assim evidenciam a beleza natural dos outeiros quase despidos, outros completamente nus, no contraste dos terrenos aráveis,  semeados a calhaus  e lapiaz ,  agora cobertos de flores , sendo dia 1 de janeiro .
Muito agradável esta região de contrastes e de belezas infindáveis para descobrir com campos em que as pedras, pedrinhas e cascalho se mostra superior a terra arável, entre elas fosseis, que só geólogos sabem catalogar, encontrei umas fantásticas...Calcário com pingos de outra rocha mais dura, arenito de cor vermelha, parecem dejetos de cão, até se notam os anéis como caíram e assim solidificaram, supostamente derivado da explosão que vitimou os dinossauros?
Ao fundo dentro da pia uma pedra escura em cinza veio do sopé da Atenha, não é calhau rolado, antes de arestas de quina viva parece uma laranja, que se descasca aos gomos, e outras assim descobri por aqui.
  Ao longe outeiro em forma de cone tão carateristicos nesta região compreendida até ao Rabaçal

Devido aos solo calcário com filões de pedra empedernida favorável para se solidificarem os vestígios do tempo que o mar cobria o território, onde hoje se identificarem fósseis no planalto do Rabaçal, várzea de Aljazede, Camporês a caminho de Pombal . A  forte concentração de fosseis marinhos localizados na região com exemplares na Casa dos Fósseis na Greanja em Santiago da Guarda, e outros na mão de particulares e outros em espera para serem encontrados. a desafiar se na  pedreira  aqui  em Chão de Ourique ainda se descobrem pegadas de dinossauros,  para rivalizar com a pedreira do Galinha em Fátima?

Dolina cársica de Aljazede
Deveriam insistir em percursos pedestres para se conhecerem a história dos locais, as dolinas cársicas, outeiros, aldeias, porque o algar onde nasce o Dueça julgo de verão se pode visitar com autorização da câmara de Penela.


Fontes
Fotos de  Jorge Nunes retirada da página do Facebook.  
https://cised.wordpress.com/page/3/
http://www.sitexplo.com/terras/index.php?obj=front&action=rub_aff&rub_id=163

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